O coração parece estar a 180bpm, mas não está nem a 80.
A cabeça não para de pensar em todas, mas todas as coisas ruins que aconteceram, estão acontecendo e que acontecerão.
E, no fundo, tem a depressão, como uma névoa que toma minha cabeça e me deixa dormente.
Me sinto quase a personificação de um paradoxo quando isso acontece: por um lado, a sensação de que meu coração vai explodir e, por outro, parece que a gravidade é 10 vezes mais forte só em volta do meu corpo, e eu não consigo me mexer.
É como se eu fosse segurar um espirro e isso desencadeasse uma combustão interna, sem sinais externos.
É cansativo, é desesperador. É um buraco escuro, úmido, que não é confortável, mas drena as energias e eu penso “preciso sair daqui”.
Falar ou pensar é tão mais fácil do que fazer…
E tudo isso leva à culpa que eu sinto, como se eu fosse fraca e preguiçosa.
Lembro do meu Seu Armando dizendo que tudo isso é “desculpinha esfarrapada”. Quem nunca teve um desses, não é mesmo?
Ou vários.