Na verdade não é um clube. Não é um grupo fechado… São pessoas que você encontra sem querer no meio da multidão.
É como se nós pudéssemos sentir quando um de nós está perto, mesmo não nos conhecendo (ainda).
Eu os encontro, ou eles me encontram. Nós nos achamos e a conexão é óbvia pois, mesmo sem verbalizar, sabemos que nossa dor é parecida. E assim nos aproximamos, confidenciamos, idealizamos. Secretamente torcendo para que isso dure, que aquela pessoa ajude com o meu buraco no peito, do mesmo jeito que quero ser quem faz o mesmo por ela.
O clube das pessoas quebradas aumenta; meu clube. É uma coleção. Gosto de tê-los perto, gosto de sentir sua dor e falar sobre isso, ouvir o que eles querem dizer porque ninguém mais o faz.
Talvez eu seja uma sociopata que se alimenta da dor alheia. Talvez eu simplesmente saiba que meu buraco nunca será tapado, então tento ajudar com o dos outros. Talvez as duas coisas.
O clube das pessoas quebradas diminui; eu fico. Eu sempre fico. Eles vem, vão, às vezes voltam ou não, mas eu sempre espero por quem quiser entrar.
O clube das pessoas quebradas me distrai, mas também me machuca. A dor deles vira minha e eu não compartilho com ninguém.
O clube das pessoas quebradas é minha sina e meu paraíso, como tudo que eu amo.
Muito bom!
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Obrigada 🙂
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Pessoas quebradas…e o clube. Aumenta; diminui…E você lá…É uma viagem, parceiro: gostei
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